A noiva do dono do centro de recreação infantil de Itapema, suspeito de abusar sexualmente de pelo menos 22 crianças que estudavam no local, será ouvida pela Polícia Civil por vídeo chamada. A mulher trabalhava na creche e não é investigada, ela vai depor como testemunha.
O suspeito se entregou à polícia de Barra Velha na última sexta-feira (28), depois de ficar foragido desde o dia 18 de maio, quando a polícia solicitou a prisão preventiva dele. Por esse motivo, a defesa não deve entrar com pedido de habeas-corpus, pelo menos enquanto o inquérito policial não for finalizado.
“Todas as medidas que tomaremos nesse processo, habeas-corpus enfim, será após a conclusão do inquérito, até porque nós enquanto advogados não tivemos acesso a todo conteúdo do inquérito e a tudo que está sendo investigado, isso por questões óbvias pois o delegado ainda esta investigando essas denúncias que são graves”, destacou Henrique Labes da Fontoura, um dos advogados de defesa.
A defesa reitera que por o processo estar em segredo de justiça e envolver crianças, o suspeito não deve se manifestar à imprensa, apenas no processo. “Pedimos cautela em todos os sentidos e quanto ao nosso cliente, ele assegura a inocência e não abusou nenhuma das crianças”, salienta o advogado.
Entrega à polícia
O suspeito estava foragido há pelo menos 10 dias quando decidiu se entregar à polícia em Barra Velha. Segundo a Polícia Civil, ele não estava na cidade, apesar de ter se apresentado no município. Ele se apresentou após tratativas da polícia com advogados e familiares do suspeito, e foi encaminhado ao sistema prisional.
O Inquérito Policial do caso deverá ser concluído em até 10 dias e encaminhado ao Poder Judiciário e MPSC (Ministério Público de Santa Catarina).
As vítimas e os pais já foram ouvidos pela Polícia Civil de Itapema. A suspeita é que o homem abusava das crianças, matriculadas na recreação infantil. São pelo menos 22 denúncias, de pais de crianças entre 1 ano e 9 meses, até 7 anos.
Pais e responsáveis das crianças fizeram protestos em frente à escolinha e na Delegacia de Polícia Civil de Itapema, pedindo justiça pelas crianças.
(ND+)
Adicionar Comentário