Morreu na noite de segunda-feira (17), aos o ex-governador Casildo João Maldaner. Um dos principais nomes da história do MDB em Santa Catarina, o político do oeste do estado atuou em quase todas as funções da vida pública — da câmara municipal até o senado, passando pelo governo do Estado na década de 1990.
Casildo Maldaner foi diagnosticado com câncer em 2018 e conseguiu se recuperar, mas há algumas semanas descobriu que o linfoma havia voltado, iniciando novo tratamento. Na noite do último sábado (15), sentiu-se mal e foi internado, no Hospital de Caridade, em Florianópolis. A morte foi confirmada na madrugada de terça-feira pelo irmão, Celso Maldaner.
Natural de Carazinho (RS), Casildo mudou-se para Chapecó com a família ainda criança. Foi eleito vereador em Modelo, em 1962, e chegou à assembleia legislativa em 1975. Em Brasília, onde viveu parte da vida, chegou em 1983. Em 1986, foi eleito vice-governador na chapa de Pedro Ivo Campos. Com a morte do ex-prefeito joinvilense em 1990, assumiu o comando do estado.
Em 1995, foi eleito senador. Depois, ficou na suplência de Raimundo Colombo, eleito em 2006. Quando o político lageano renunciou para concorrer ao governo de SC, em 2010, Casildo assumiu o mandato em 2011 e permaneceu no cargo até o final de 2014.
Em nota de pesar, o MDB destacou que Maldaner foi um ativo conselheiro de grande parte das lideranças do MDB em Santa Catarina, com participação decisiva nas eleições do ex-governador Luiz Henrique da Silveira. “No MDB e na política catarinense, Casildo será lembrado como um político realizador, de diálogo fácil e principalmente conciliador”, registra a nota do partido.
Herdeiro político de Casildo, o irmão Celso Maldaner, atual presidente estadual do MDB, falou sobre a perda. “É uma honra e um orgulho ter um irmão como o Casildo, que, além de ter me inspirado, sempre desempenhou o papel de meu conselheiro. Seu espírito realizador, sério e engajado foi um exemplo não só para mim, mas para todos os que se dedicam a trabalhar em prol da população catarinense e brasileira. Como costumo dizer, a política é um sacerdócio e deve ser desenvolvida com muito trabalho e amor. E isso o Casildo fez como ninguém”, disse.
O velório ocorre na Assembleia Legislativa, das 10 às 13 horas. Na sequência, será realizada uma cerimônia de cremação, em ato reservado à família e amigos mais próximos.
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