Durante seis dias, Florianópolis vai ser palco do 13º Women’s Worlds Congress, que deve reunir mais de oito mil participantes. Pela primeira vez, o evento, que já passou por Israel, Holanda, Irlanda, Estados Unidos, Costa Rica, Austrália, Noruega, Uganda, Coreia do Sul, Espanha, Canadá e Índia, ocorre na América do Sul.
O congresso será realizado em conjunto com o Seminário Internacional Fazendo Gênero 11, no campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), entre os dias 30 de julho e 4 de agosto.
Com o tema “Transformações, Conexões, Deslocamentos”, o evento conta com quatro conferências, 33 mesas redondas, 95 oficinas, 17 minicursos e 160 simpósios temáticos.
Também estão programadas 40 apresentações artísticas, três mostras de arte e gênero, audiovisual e fotográfica, 16 roteiros de passeios temáticos, atividades do projeto “Crianças no Fazendo Gênero” e as tendas “Mundo de Mulheres”, “Feminista e Solidária” e “Saúde”.
“Queremos alargar esse lugar de diálogo para uma perspectiva mundial, afastada da hierarquia Norte-Sul, ou seja, um espaço onde se possa ouvir outras vozes, novas propostas, valorizar saberes, ampliar horizontes de estudo e de ativismo. Desse modo, seremos capazes de pensar e propor perspectivas inclusivas para os estudos feministas e possibilidades de construção feminista”, afirma a organização do evento.
Marcha Internacional
Na quarta-feira (2), ocorre a Marcha Internacional Mundos de Mulheres por Direitos, a partir das 17h, com saída do Terminal de Integração do Centro (Ticen). Durante a marcha haverá intervenção artística do bloco Cores de Aidê, composto por mulheres na percussão, voz e dança.
“Queremos chamar a atenção do mundo para a luta cotidiana dos movimentos de mulheres, LGTTTQI, com deficiência, gordas, negros, indígena e feministas. Lutamos contra este sistema patriarcal, racista, capitalista, ultra liberal, fundamentalista religioso, que nos subjuga, oprime, violenta e mata. Nossa luta é pela vida de todas as pessoas oprimidas em todas as partes do mundo”, diz a organização da marcha.
Abertura
A conferência de abertura, no dia 31, será comandada por Maria Odete da Costa Semedo, escritora de Guiné-Bissau, que já presidiu a Comissão Nacional para a Unesco – Bissau e é fundadora da Revista de Letras, Artes e Cultura Tcholona e investigadora do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas da Guiné Bissau.
Também participam a socióloga e militante feminista Eleonora Menicucci de Oliveira, Eun-Shill Kim, professora e diretora do Centro Asiático de Estudos de Mulheres, e Clare Hemmings, professora de Teoria Feminista na London School of Economics and Political Science e integrante do Instituto de Gênero.
O coletivo de mulheres Odara fará um pocket show no auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos. O grupo busca inspiração nos cânticos populares como as cirandas, o choro e os pontos de matrizes africanas no universo feminino.
Confira a programação completa no site do evento.
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